Sempre fui grande fã do Ricardo Reis e do seu poema " Lidia, vem sentar-te junto ao rio". Até já pensei em escrever uma tese ( caso eu tivesse sido estudante de literaturas modernas) sobre as semelhanças entre Ricardo Reis e Omar Khayyam ( poeta sufi persa que me fascina) mas nunca verão essa obra prima pois nao fui para literaturas como está bem de se ver...
Bem voltando à "vaca fria" como dizem pragmaticamente os nossos primos, irmãos, sei lá eu, brasileiros, como é possivel que passemos a nossa vida sempre em delírios, a pagar contas , a comprar casas, a trabalhar, para depois morrermos? Sem nada e iguais a nós proprios. Dust to dust...
Quando perceberemos que estamos aqui só de passagem, de empréstimo?
De que vale tanta canseira, luta, ambição, trabalho se não gozarmos a vida aqui e agora, no presente ou num futuro próximo?
Por favor vivam a vida e embora eu compreenda este nosso instinto de deixarmos algo para a nossa prole ou outros herdeiros, será que vale a pena tanto sacrificio para depois as pessoas não se entenderem sobre esses bens?
Credo, alguém me acuda pois acabei de me dar conta que devo estar com uma crise existencial dos 35 anos!!!!! Isto será contagioso?
Socorro!!! Quero o meu sentido de humor de volta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
De que servirao os bens se nao deixarmos o mais importante testemunho de vida? Amar, amar e amar!
Porque sera que ainda nao consegui uma resposta ao poema? Hesito sempre entre poder Ser melhor vermos o curso do rio passar e nao termos grandes sobressaltos ou Tentar alterar o curso do rio e nao obstante os grandes problemas que se possam enfrentar pensarmos que fizemos a diferença...
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