segunda-feira, novembro 27, 2006

Dúvidas

Em tempos tinha acreditado. Tinha feito por acreditar que novos ventos viriam e que as mudanças eram necessárias e positivas. Tinha sofrido muito, antes de se terem conhecido e tinha-lhe contado. Tinha partilhado essas mágoas, essas dores, esses desencontros que a vida sabiamente tece. Sim, sabiamente, pois acreditava que havia uma razão para tudo o que acontecia. Mesmo as coisas más. A dor da perda, a dor da morte, a dor da doença. Tudo isso assombrava a sua existência e tinha querido re-construir a vida, a sua vida, as vidas dos que a rodeavam.

Mas agora não sabia mais em que acreditar...ou pior ainda em quem?

Testemunho de uma Europa a 3 tempos...

Está um lindo dia de sol por estas paragens belgas. Em Lisboa chove. Dizem-me que 6a feira até houve um 'dilúvio'. E no norte da Europa afirmam-me desolados que agora, ás 15 horas já é noite...
O mais provável é haver já um 4°tempo, com neve, algures no norte da Rússia. Tenho que perguntar ao meu amigo quasi-russo.

Sem palavras, só emoções.

Como descrever o que senti ao ver o filme 'Water', um filme passado na Indía em 1938, época de Ghandi.
É um filme sobre o feminino que Salman Rushdie classificou de ' Magnificent'. Mas não é um filme só para mulheres.
Chorei. Chorei pelo que vi, mas sobretudo chorei por ainda existirem situações daquelas descritas no filme em pleno século XXI...
Têm que ir ver. Têm que. Há livros imperdíveis e há filmes indizíveis. 'Água' é um deles.
Não sou feminista. Ou melhor não estou de acordo que por questões de género alguém seja beneficiado. Mas não posso estar de acordo, igualmente, que alguém seja prejudicado por razões de género.
E de facto, a história da humanidade está pejada de exemplos de discriminação e quase sempre contra o feminino? Porquê? Virá da Eva e do Adão? Da Maria Madalena e de Jesus? Não.
Vem da ignorância. Todo o ser que é ignorante, é perigoso. Não me refiro aos seres sem instrução; digo ignorante...de coração, aquele que não escuta a sua consciência e se escuda detrás do poder, da autoridade, para poder espezinhar aquele que julga inferior.
Essas pessoas assustam-me; estão por todo o lado, em todos os tempos, em todos os lugares.
Vivem através do consentimento daqueles que pensam que eles são inofensivos...coitados...
E assim se cometem as maiores violências, as maiores atrocidades contra a Humanidade, os animais, a Natureza, o planeta.
Eu quero todos os dias da minha vida lutar contra a ignorância. Mesmo contra a minha.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Seremos mesmo assim? Gostaria de pensar que não!

Recebi hoje, via uma amiga, esta "estória" irónica supostamente relatada no século XVI e não resisti a partilhá-la convosco dado que me faz pensar se um povo poderá ter caracteristícas tão especifícas, diria mesmo quase genéticas, que se mantêm inalteráveis ao longo dos séculos...
Digam-me por favor que estou errada...

IRONIA num clássico conto indiano (de século XVI)
Um pescador de caranguejos nunca tapa o balde em que vai colocando os caranguejos que apanha. Isto admira toda a gente à sua volta.
Alguém lhe pergunta um dia : "Porque não tapas o balde em que tens os caranguejos ? Não tens medo que fujam?"
Ao que o pescador calmamente responde: "Não é preciso... são caranguejos portugueses: quando um tenta subir, os outros imediatamente o puxam para baixo!"

terça-feira, novembro 21, 2006

Hues Corporation - Rock the Boat
George Mac Crae
Boney M- Daddy Cool

Quem me conhece sabe a vontade louca que tenho desde há uns anos de dar uma festa dos anos 70! Tenho já muita música mas gostaria de ter as vossas sugestões de músicas e decor...
Quem não está por terras belgas só tem que apanhar o avião:::)))
Deixo-vos umas amostras do que passarei!
Mozambique Marrabenta

Não sou grande fã da música do rap, mas regra geral considero o rap uma grande forma de expressão artistíca. Não resisti a vos mostrar esta música, num dia especial para mim. Quero acreditar que a morte de certas pessoas não foi em vão e que os ideais são valores por que vale a pena lutar! Temos que construir um Mundo melhor!

Hoje é o teu dia...

Hoje fazes anos. Queria te dizer que gosto muito de ti. Gostei de ti logo quando te conheci aos 8 anos. Vinhas com uma pessoa que eu adorava e que ainda adoro. Nunca me esqueci do teu ar moderno, descontraído e sobretudo da tua capacidade de lidar com situações extremamente difíceis. Mal sabíamos o quanto isso era importante para os anos que viriam. Foste sempre muito querida comigo e logo estabelecemos uma ligação profunda. Era a ti que eu ia contar os meus namoros, os meus arrufos, as minhas histórias loucas que tu sempre ouvias com um sorriso acompanhado de uma palavra doce amiga e sem uma crítica. Cresci, e quando saía, tantas vezes ia pedir emprestada aquela peça fantástica e super in que tu tinhas, tantas vezes ouvi as tuas músicas e vimos os mesmos filmes. Cresci a admirar-te, a ti e a essa força avassaladora que possuis e hoje admiro-te ainda mais. Sei o que passaste, o que sofreste, o que engoliste, e o que construiste. Queria-te dizer tanta coisa... Queria te poder dar agora um beijo de parabéns. Queria te dizer que desejo que sejas muito feliz e que a vida te traga o infinito do que te tirou. Queria que nunca esquecesses que eu estou aqui, certo um pouco longe geográficamente, mas sempre, sempre aqui ao teu lado se algum dia precisares.Querida Tia, é um prazer teres-me querido para sobrinha do teu coração...Em memória de outros tempos deixo-te esta nossa recordação
Bee Gees - Grease (live, 1997)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Capri, c'est fini...?

Sentou-se. Esperou que a atendessem e olhou em volta. Tornou a olhar e os seus olhos percorreram aquela praça que certamente teria sido magnífica noutros tempos mas que ainda guardava um certo esplendor e charme. O repuxo no centro, os edíficios cheios de outras histórias e um vai-vem contínuo de gente que passava e que não deixava margem para enganos. Estava na Praça do Município daquela cidade, onde tinha nascido mas que não tinha conhecido. De repente vê o empregado à sua frente que junto com um sorriso, lhe pergunta o que deseja tomar. Faz o pedido e mais uma vez o seu olhar é transportado para o que a rodeia, e repara então nas cadeiras à sua volta; parecem-lhe cadeiras vagamente familiares e no entanto tão desconhecidas... Percebe então que decerto são as mesmas cadeiras, os mesmos estampados daqueles anos 70, que permaneceram, quase como a gritar que embora desbotadas, lembram-se e viram muita coisa e muita gente, assim em jeito de testemunhas de despedidas sentidas, de choros calados e de guerras.
Naquele café central, consegue visualizar jovens casais de outrora, cheios de esperança, carregados de sonhos. E pensa neles, nos seus pais. Como seria esta praça, no tempo dos seus pais? Será que vinham muito a este café, o Riviera, ou ali àquele, o Capri?
Será que namoraram aqui, será que se encontravam com os amigos neste café antes de irem a uma sessão de cinema? Nos Domingos antes de irem à praia, se calhar traziam-na para um pequeno passeio...
Tantas perguntas sem resposta...e no entanto uma sensação de se encontrar em casa...junto daquelas cadeiras em ferro, forjadas por mãos de outros tempos.

sábado, novembro 18, 2006

Alguém por aí tem os dedos verdes?


Hoje está um lindo dia de sol, não obstante as previsões não terem sido as melhores...Eh!Eh!
Vou plantar bolbos no jardim, a ver se um dia destes, na Primavera terei a satisfação de poder dizer que fui eu que os plantei e , espanto dos espantos, eles nasceram...
Claro está que nesta sociedade do consumo imediato, como dizia uma velha música dos Taxi, se os meus bolbos não nascerem, vou ter que ir secretamente comprar já as flores florescidas em vasos e plantar.... para que eles se assemelhem com esta imagem...Schiu... não digam a ninguém...
Mas se alguém quiser me vir dar uma ajuda, são bem vindos! Há comes e bebes... esta deverá ser a senha de entrada:::))))
Para quem o sol levar a outras paragens, pois passem um bom dia!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Caros telespectadores...e leitores...

Às vezes sinto que a comunicação social fabrica histórias onde não há, empola situações que depressa se transformam em dramas nacionais onde todos nos sentimos parte e queremos dar a nossa opinião sem mesmo fazer a mais pálida ideia do que se passa de facto...
O que está por detrás de tanta pretensa verdade?
Inquiro e busco; e regra geral fico desconcertada com a nossa ingenuidade, com a nossa complacência e com a nossa aceitação de 'estórias mal contadas' que servem para encher "shares de audiência" e páginas de jornal, para além de serem o palco ideal de políticos, bem e mal intencionados que as utilizam para medir a sua popularidade...
Para quando uma verdadeira preocupação com a realidade, um apresentação de factos isenta e credível, ainda que associada com uma certa 'mise en scène'?
O pior é que estas 'estórias' se tornaram banais, reveladoras de uma sede de um quotidiano ' à big brother' e que no final as verdades tristes e corruptas por detrás de tanta podridão nunca aparecem...

terça-feira, novembro 14, 2006

Há Tradições...que ainda são o que eram

Este Sábado fui a um magusto. Depois de um dia inteiro fechada, numa sala, em formação, acabei em amena cavaqueira em casa acolhedora debatendo as vantagens e os encantos de Bruxelas.

Bruxelas será talvez uma cidade fria e cinzenta, sobretudo em dias como o de hoje, mas certamente com muitos encantos.

Passados 7 anos que me encontro aqui, deixo-vos com a minha análise de um dos maiores encantos de Bruxelas...

...a capacidade de se poderem conhecer e rever pessoas de várias culturas e nacionalidades que abraçam com naturalidade as tradições diversas de cada país sem aprioris.

Respeitam-se valores e tradições diferentes, religiões, filosofias de vida e tem-se um verdadeiro prazer em se descobrirem essas diferenças de forma a podermos nos conhecer melhor.

É assim que já vi muçulmanos a partilharem Natais e o Saint Nicolas com cristãos, que já experimentei ceias por ocasião do Ramadão, que festejei o Saint Patrick irlandês e o Thanks Giving americano... que fui à festa do vin beaujoulais e festejei a vitória do Euro com os Gregos...mesmo que isso me doesse um pouco...

Isto não é um caso particular, conheço inúmeros casos.

Em paralelo, é muito bonito ver-se casais de diferentes nacionalidades, com filhos que frequentam escolas onde aprendem a falar outra língua que a dos pais, aprendendo a que somos todos diferentes mas que devemlos aceitar essa diferença com respeito.

Um dia gostaria de ver esta mesma aceitação de diferenças e tradições espalhada por este Mundo fora...

Saudades

Será que podemos sentir saudades do que nunca vivemos ou de sitíos onde nunca estivemos?

quinta-feira, novembro 09, 2006

Mais regras desregradas...até quando?

Hoje no seguimento das últimas notícias sobre as regras de transporte de líquidos nos aviões, vi um artigo no Público que me deixou em brasa...
O Instituto Nacional de Aviação Civil recomenda aos passageiros que levem as suas receitas ou declarações médicas escritas em inglês ou em francês, se precisarem de de transportar medicamentos líquidos na cabina dos aviões".
Isto porque todos os medicamentos que se encontrem em estado líquido e que não possam ser transportados na bagagem de porão só poderão seguir na cabina se forem acompanhados por um atestado ou declaração médica, esclareceu o INAC numa nota divulgada ontem.Nos casos em que a receita médica fica na farmácia, o INAC aconselha os passageiros a solicitarem ao médico que passe um atestado ou que fotocopiem previamente a receita.No caso dos medicamentos injectáveis, é necessário "solicitar ao INAC, através de email, carta, fax, ou em mão, uma autorização especial para transporte da seringa e do medicamento a injectar como bagagem de cabina, apresentando para o efeito um atestado médico que comprove que o passageiro necessita do medicamento, assim como, mencionar o número do voo, data, companhia aérea, destino e identificação do passageiro", esclarece o instituto.

Mas estão todos loucos??? Então e o direito à privacidade? Onde fica o sigilo médico? Mas quem é o INAC para ter acesso a dados tão pessoais como estes?

Claro está que a desculpa é a do terrorismo...

Aliás, devem pensar que os terroristas se quiserem atacar algum avião não têm médicos amigos para lhes passarem receitas e atestados médicos...

E depois, quero ver quem vai dar formação a todos os funcionários de todas as companhias aéreas para lerem receitas em francês e inglês... nem precisamos de ir muito longe...estou mesmo a ver em França, um cidadão com uma receita em inglês e em Inglaterra um outro com uma receita em francês! Vai ser lindo!

A seguir vão apenas aceitar os médicos que pertençam a uma lista elaborada por eles;
Depois vai ser, apenas os medicamentos seleccionados por cada tipo de doença...
E um dia destes, só quem for saudável poderá viajar de avião...

Por favor acordem para esta coerção dos vossos direitos, liberdades e garantias!

Insilêncio solene ou silêncio insolente?

Adoro:
- esse silêncio de quem quer falar, responder e até reclamar mas que prefere usar o silêncio como resposta;
- um silêncio que é quebrado por um rumorejar de folhas de papel a serem escritas com palavras que traduzem esse silêncio;
- esse silêncio que é tão frágil, tão efémero que vai soçobrar à mais pequena palavra dita com amor...
- e sobretudo adoro o silêncio... quando os olhos se tocam, os gestos falam e os sorrisos valem por mil palavras!!!!

Um beijo silencioso

quarta-feira, novembro 08, 2006

Crónicas campestres - Uma questão de sucata

Não, não vou falar outra vez de questões ambientais...não se preocupem!Não virei nenhuma radical de um movimento ambientalista ( ou melhor, sim, mas aqui não posso confessar...)!!

Vou-vos falar de uma questão de lata...

Confesso que sempre me disseram que tinha muita lata, que conseguia falar com toda a gente, mesmo pessoas que não conhecia de lado nenhum e arranjar um tema de conversação...

Ora todos estes anos, com tanta afirmação deste tipo, eu acabei por assumir este papel e foi assim que fiz belas amizades nos locais mais inesperados...

Mas para meu espanto, sou uma mera aprendiz de feiticeira...ora vejam, senão concordam com este meu desabafo:

- Por ocasião da contrução da minha actual casa, dei por mim várias vezes a observar casas alheias; assim, por cada etapa da casa, eu tive uma obsessão. Ok::))); tive muitas, pronto, (espero que estejam satifeitos por esta confissão) e por duas ocasiões bati mesmo à porta das pessoas; uma das vezes para saber qual o tijolo utilizado ( nada de facto que vos estimule, admito::) e outra vez , mais recentemente, para saber o nome de umas plantas que eu gostei e que não encontrava em nenhum livro de plantas...( desta vez tomem nota- Pannisetum alecuperóides Hameln, vejam se conseguem repetir!).

Fui mesmo acusada por pessoas próximas de ter tido muito descaramento mas ... a verdade é que ficavam felizes porque sempre deu resultado...

Mas agora fui batida a pontos largos!
- Este Sábado, estava eu no meu jardim a plantar bolbos quando um jovem bem apessoado mas com de socas ortopédicas azuis, dirigiu-se a mim, em holandês e me perguntou se podia me colocar uma questão...
Respondi-lhe que sim em inglês para não dar muita confiança, claro está, e ele diz-me que gosta muito da minha casa, que é muito bonita tra la la, eu sempre a sorrir, e zás; pede-me para ver a casa e pergunta-me se uma parte da casa eram as escadas ou não e eis senão quando me diz que gostaria muito de saber se poderia visitar a minha casa por dentro, pois está a construir uma com a esposa que é finlandesa , e queria saber como dividir as assoalhadas face ao espaço que tem...

Hellooooooooo, já viram isto????

E o pior é que dá mesmo resultado, pois dei por mim a dizer que sim, marcámos uma visita para hoje e é assim que vou ter uma familía que não conheço a entrar-me pela casa adentro...

Depois disto, estou a pensar propor-lhe uma sociedade...
... é que com tanta lata talvez possamos montar...um ferro-velho::::)))

Ps- Para os que vão me dizer, que não teriam aceite, pensem melhor...é que eu pensei nisso, mas depois lembrei-me que a esposa finlandesa poderia ser um enviado especial do Pai Natal e estar a fazer uma pesquisa sobre quem se tinha portado bem este ano e eu não queria ser excluída dessa lista!!!

Tempos contrários

Caro Sr. Stern,
Em primeiro lugar queria-lhe agradecer por ter relançado o tema ambiental nas agendas de todos os políticos mundiais! O Senhor sabe bem falar-lhes ao coração...
Queria no entanto deixar-lhe o meu testemunho e dizer-lhe que conte comigo para fazer descer a futura expectativa do PIB mundial!
Depois de algumas conversas subversivas a propósito de alterações climáticas, de idas ao cinema que atestam esta verdade, de relatórios contundentes que levam ministros a dizer que nunca tinham lido nada tão importante ( se bem que isto não me espanta, pois às vezes me pergunto se eles lêem todos os reports ou são os coitados dos seus adjuntos...), de peças jornalistícas diárias sobre este tema e outros correlacionados, comecei a sentir-me culpada... sim, ... e pus-me a analisar o que eu faço para um melhor ambiente e aqui está o resultado da minha análise:
O que eu já faço
- uso lâmpadas económicas sempre que posso;
- tento desligar as luzes quando saio dos lugares;
- separo religiosamente os lixos;
- tento não deixar a àgua a correr quando não preciso dela;
- tenho uma cisterna enterrada no jardim que aproveita a àgua da chuva para o jardim e sanitas;
- tento re-utilisar alguns objectos e não desperdiçar papel;
- tenho electrodomésticos classe A sempre que eles existem;
- não jogo o óleo no lixo normal e separo as pilhas;
- plantei àrvores no jardim;
- e contribuo mensalmente para causas ecológicas...
Mas o que ainda me falta
- aprender a não deixar o PC em stand-by;
- coragem para usar mais os transportes públicos ou comprar um carro híbrido;
- andar mais a pé;
- equipar a casa de painéis solares;
- e seguramente muitas mais coisas de que nunca me lembrei de fazer mas que aceito sugestões!

Uma cidadã preocupada em primeiro lugar com o planeta e em segundo lugar com o PIB mundial ( desculpe qualquer ofensa...)
Muito obrigado.

sábado, novembro 04, 2006

Cara ou Coroa?

Sou uma citadina. Ou melhor, julguei ser uma citadina da praia, daquelas que nunca iriam descobrir as maravilhas do campo face à agitação de uma cidade à beira-mar plantada...
Sim, nasci na Beira-Moçambique, vivi em Lisboa, em Oeiras, no Estoril, em Washington, e em Bruxelas city. Que poderia eu apreciar no campo?

Lembro-me em pequena ir para a quinta dos meus avós e ter pavor das osgas nos tectos... Quando o meu irmão dizia que gostaria de viver no campo, eu pensava que ele estava... louco.

Mas eis senão quando, depois de 5 anos a viver a 15 minutos de Bruxelas, dou por mim, talvez por oposição à falta de mar, a deliciar-me com as cores do campo no Outono, com as plantas e as flores na Primavera, com as culturas de abóbora gigantes do vizinho, com os cavalos, ovelhas e vacas que vejo quando vou passear o meu cão, com os bosques e florestas frescos que me acolhem em dias de Verão e com o cheiro das lareiras no tempo frio e de neve.

De facto, há que saber tirar partido do que a vida nos premeia e do que a natureza nos faz contemplar...e sobretudo adaptar-mos-nos e sermos flexíveis o suficiente para percebermos que somos as duas faces da mesma moeda e que nada é absoluto. Só nós.

E o T ali tão perto...

Como podem ver, já consigo inserir títulos nos meus posts!
E isto graças ao fenómeno da SAT ( Simpatia, Amizade e Tecnologia) ... uma organização tríade blogoesférica a vigiar de perto... acreditem!

Concedo, que afinal não era difícil;
Admito que estava à vista de todos...
Mas afinal porque é que eu não o descortinei?

Talvez apenas para eu ter o prazer de passar ao desafio seguinte???

Se assim for, não haverá tríade organizada que resista:::))

quinta-feira, novembro 02, 2006

Ilusão

Enganava-a. Ela sentia. Mas não compreendia. Não via a razão de tal comportamento. Afinal eram felizes. Porquê, perguntava-se, porquê as omissões, as meias verdades e o medo da frontalidade. Porque é que a verdade ere vista como um grande esforço quando devia ser natural? Não obtinha resposta, ou apenas meias respostas e mesmo por vezes inculpações. Se não era verdadeiro era porque ela não o deixava ser...Será que ele não percebia que acima de tudo estava a iludir-se e transformar-se naquilo que dizia que não queria ser e que até criticava nos outros?
Postar sem Título

Quando escrevemos pensamos sempre numa ideia, num tema, e por isso usamos os títulos...Ora, acontece que ou por defeito do meu PC ou do meu blog, não há maneira de pôr títulos nos meus textos. Vou tentar desta forma para ver se dá...se não der desta forma e se anybody out there me souber dizer como eu poderei escrever os meus títulos, ficaria muito agradecida! Obrigado.
Ps- é que quando estou a colocar um post nunca me aparece o espaço para pôr o título... como eu sei que para outras pessoas aparece...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Cilindrada pela nova Geração
Estava eu tão entusiasmada com o facto de ter activamente começado a escrever textos na blogoesfera, não obstante ainda não ter atinado com o raio dos títulos e com outro nome para os comentários quando...fui completamente cilindrada...por uma pessoa de...9 anos, sim, digo bem, 9 anos...
Não, meus amigos, estou sem palavras. O meu sobrinho acaba de falar comigo via Skype e diz-me: Tia, vai ver os meus dois blogs... não, desculpem, isto é um ultraje que pede medidas urgentes...eu já sabia que não podemos nada contra esta nova geração que escreve sms com os polegares, mexe nos dvs sem pestanejar, que fala via skpe, que sabem fazer powerpoints com todas os settings de deixar qualquer executivo de cara à banda, mas um blog??? dois???? não, estou que não posso!!!!!!!!!!!!
Resta-me a máxima, se não os podes vencer, junta-te a eles... assim sendo, não tive outra hipótese que lhe perguntar como colocar imagens, fazer links, pôr os títulos, etc...E o pior é que ele não só sabe explicar-me tudo, como ainda se ri; E o pior dos piores. é que ... o blog dele é mais giro que o meu...
Por isso, tenho que dar a mão à palmatória ( salvo seja...) e dizer Força Piduca, está o máximo!!!!